terça-feira, 28 de maio de 2013


                                          

O preto na sociedade Brasileira

Importância da cultura e do povo africano

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As pessoas precisam se conscientizar da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país. Conhecer melhor sobre os afro-descendentes que fogem ao estigma da escravidão mais do que saciar curiosidades, nos ensina que, desde cedo, esses brasileiros impuseram, com sua existência, o fato de que a cor jamais os condenou à inferioridade intelectual. Apesar do ambiente que lhes era desfavorável eles alcançaram admiração e respeito assim como muitos outros que lutaram pela conquista de seu espaço.

Às vezes estamos muito próximos de referências históricas importantes e não percebemos, nem tampouco nos alertam para isso na escola. Quando ouvimos O Guarani, de Carlos Gomes, na abertura da Hora do Brasil, por exemplo, é sem saber que o nosso compositor erudito era neto de uma escrava forra. Também não nos damos conta de que o nome Rebouças que batiza viadutos, túneis e avenidas nas maiores cidades brasileiras homenageia o sobrenome de uma ilustre família de políticos baianos negros, do século XIX, cujos membros foram importantes engenheiros, os irmãos André e Antônio Pereira Rebouças Filho, construtores de ferrovias e obras de grande porte. E no esporte: Ademar Ferreira da Silva e João do Pulo no atletismo, Leônidas da Silva, e Edson Arantes do Nascimento (Pelé) no futebol, Janete no basquete, Machado de Assis na literatura filho de um mulato que pintava paredes (Francisco José de Assis). Chiquinha Gonzaga (filha de uma negra Rosa Maria Neves de Lima) na música, o ex-escravo, filho de negros alforriados, escritor abolicionista Dante Negro do Brasil (João da Cruz e Sousa), recentemente o Exmo. Ministro do Supremo Tribunal Federal-STF, Joaquim Barbosa, não gosto de citar nomes, pois sempre cometo a injustiça de esquecer vários.

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Precisamos buscar referências, pesquisar, demandar, estudar, perceber o nosso entorno, ir além dos livros didáticos, observar e ouvir a expressão da vida e da cultura nas várias formas em que ela se apresenta em nosso meio. Repito, vivemos em uma sociedade multicultural, onde convivem inúmeras etnias e já não é mais aceito que só os conhecimentos proporcionados pela visão de mundo eurocêntrica, branca, católica e masculina estejam representados na maneira como montamos os currículos escolares. A escola é um espaço que é direito de todas as raças. Mas esse é um direito que para ser respeitado não basta a presença física de seus descendentes na escola.

Enfim, idéias e práticas prepotentes de racismo que ainda permeiam a mente e corações de alguns certamente estão sendo abaladas e eliminadas e as mudanças de atitudes sendo concretizadas.
"o Brasil não é um país de população majoritariamente branca, pois 96.795.294 pessoas se declararam "pretas" ou "pardas", totalizando 50,74% do total *(Caniello Márcio, Brasil mostra a sua cor)
Às instituições criadas em prol da causa negra, meus esfuziantes aplausos e que continuem lutando para eliminar todas e quaisquer práticas racistas. Que o Dia da Consciência Negra sirva, cada vez mais, para esclarecer sobre a grande contribuição do negro na nossa cultura e para a luta por uma sociedade melhor e mais igualitária e que a consciência negra não seja lembrada apenas no vinte de novembro.
Zumbi somos todos nós!!!


Autor: Ricardo Machado. Administrador de Empresas, Ambientalista.
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/o-negro-na-sociedade-brasileira-importancia-da-cultura-e-do-povo-africano/67433/

 

 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Revolução Industrial

História da Revolução Industrial, pioneirismo inglês, invenções de máquinas, passagem da manufatura para a maquinofatura, a vida nas fábricas, origem dos sindicatos.

Introdução 

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 A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
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Pioneirismo Inglês 

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.

Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

Avanços da Tecnologia 

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O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos. 

A Fábrica


As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade. 


Reação dos trabalhadores 

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Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.
 

Conclusão

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A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. 
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

Revolução Industrial na Inglaterra

125 anos de abolição da escravatura no país

No ano de 1888 era assinada a “Lei Áurea” pela Princesa Isabel, pondo fim à vergonha da escravidão negra no Brasil. Mas, após 125 anos da abolição da escravatura, o Brasil ainda está longe de ser uma nação livre de desigualdades raciais. Mesmo assim, uma análise dos indicadores econômicos e sociais dos últimos 20 anos revela que o país tem avançado.
Uma pesquisa do IBGE mostra que a proporção de brasileiros que se autodeclaram pretos ou pardos no ensino superior dobrou em dez anos, saltando de 19% para 38%.
Nesta data, no ano de 1888, era assinada a “Lei Áurea” pela Princesa Isabel, pondo fim à vergonha da escravidão negra no Brasil.


Aumenta o número de universitários negros

Como resultado, cresceu o percentual de negros em quase todas as carreiras universitárias. Ao mesmo tempo, a distância que separa brancos de não brancos no país em termos de renda per capita também diminuiu.
Uma das principais razões para o aumento de negros no ensino superior está na expansão do setor, que de 1995 a 2011 viu o número de estudantes quadruplicar, especialmente na rede privada, que concentra 80% das matrículas. Uma simples análise dos Censos Demográficos de 2000 a 2010 mostra que o percentual de recém-formados pretos e pardos já chega a 41%, próximo dos 51% registrados no total da população. Em Medicina, porém, são só 17%, apesar de ter havido aumento de profissionais negros.

A antropóloga Maria Aparecida de Freitas afirma que a queda da desigualdade racial no acesso à educação teria sido resultado de um processo vindo nas últimas duas décadas. No entanto, a desigualdade só será de fato combatida com a melhoria da educação básica na rede pública. Com esse investimento na base, haveria menos violência, menos crise de mão de obra e menos desigualdade.
Segundo a pesquisadora e antropóloga, está havendo uma mudança de perspectiva: há dez anos, pouca gente da classe trabalhadora almejava o ensino superior. Este é um processo de melhora que tem ocorrido nos últimos 20 anos, com a estabilização econômica e a melhora da qualidade de vida das pessoas e do próprio sistema educacional no período.
A maior presença de negros no ensino superior e a diminuição da desigualdade racial em termos de renda se correlacionam também com a expansão da nova classe média (cuja renda média per capita varia entre R$ 291 e R$ 1.109), que se beneficiou da valorização do salário mínimo, do crescimento da economia e de programas sociais focalizados nos mais pobres. Como resultado, em 2001, de acordo com um estudo realizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 31% da população preta e parda estava na classe média. Dez anos depois, já são 51%.

Desigualdade persiste 



Mesmo dentro deste segmento, no entanto, ainda há desigualdades, como revela um estudo do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), da UFRJ. Nos estratos que estão entre os 10% mais pobres dessa nova classe média, o percentual de pretos e pardos é de 62%. No outro extremo, dos 10% mais ricos, o percentual cai para 39%.
Apesar dos melhores níveis de escolaridade e renda da população preta nas últimas décadas, a presença de pretos entre ocupações de menor renda persiste. Outro estudo do Laeser revela que, enquanto 20% das pretas e pardas são domésticas, entre brancas, o percentual é de 12%. Pretas e pardas ganham menos nesse serviço, em média, do que as brancas. Claramente marcado pela herança escravista brasileira, só em 2013 o trabalho doméstico passou a dar direito a horas extras e FGTS, garantidos a outros trabalhadores.

Mesmo com os avanços, o trabalho escravo ainda persiste, principalmente no Norte-Nordeste do país, de onde pessoas são iludidas e levadas para trabalhar longe da sua terra, onde já chegam com dívidas que o salário precário não consegue pagar, endividam-se ainda mais para comer. Alguns apanham. São os escravos contemporâneos. E 81% deles são “não brancos”, aponta pesquisa encomendada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e realizada por um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Segundo o estudo, que entrevistou trabalhadores em condições análogas à escravidão, resgatados por operações de fiscalização do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho (MPT), um quinto dos resgatados é da cor preta, e 62%, pardos. Em 2012, 2.560 trabalhadores foram encontrados nessa situação no Brasil.

Discurso do senador Roberto Requião
 Discurso do senador Roberto Requião em relação aos 125 anos da abolição da escravatura.







sábado, 18 de maio de 2013

Primeiros habitantes

Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, já existiam pessoas habitando esse território que tanto impressionou os lusos em sua chegada. Esses primeiros moradores dessa região tão rica eram os índios, um povo com uma cultura singular totalmente diferente da europeia.
Dados da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) indicam que os índios sul-americanos foram originados de povos caçadores vindos da América do Norte. Os índios ocupavam, além da Amazônia, a costa brasileira e a bacia dos rios Paraná-Paraguai, sendo divididos em dois grandes blocos, conforme características culturais e linguísticas: os tupis-guaranis e os tapuias. Grande parte das informações existentes sobre a população indígena veio dos relatos feitos pelos portugueses que diferenciavam os índios como positivos ou negativos conforme o grau de resistência que
apresentavam.
Os tupis-guaranis, assim denominados pela semelhança de cultura e língua, ocupavam quase toda a costa brasileira, desde o Ceará até o extremo sul, sendo que os tupis, também chamados de tupinambás, ficavam na faixa litorânea do norte até a atual região sul de São Paulo, e os guaranis localizavam-se na bacia Paraná-Paraguai até o extremo sul.
Tapuias era uma denominação genérica usada pelos tupis-guaranis para identificar outros grupos indígenas como os goitacazes, que habitavam a foz do rio Paraíba, os aimorés localizados no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo, e os tremembés, presentes na faixa entre o Ceará e o Maranhão.
A cultura indígena variava entre os grupos existentes. Os aimorés, por exemplo, se destacaram pela eficiência militar e pelo canibalismo, enquanto os tupinambás comiam os inimigos apenas por vingança e viviam da caça, da pesca, coleta de frutas e da agricultura. Cada aldeia produzia para própria subsistência, havendo poucas trocas de alimentos entre as tribos. Por outro lado existiam muitos contatos para troca de mulheres, bens de luxo (penas, pedras etc.) e para estabelecer alianças para guerra e captura de inimigos.

Por sua cultura e pela própria resistência que empreenderam aos portugueses (não apenas física, mas principalmente por meio de fugas e deslocamentos), os índios não foram escravizados, foram aculturados e por muitas vezes mortos tanto por violência quanto por doenças trazidas pelos brancos. A exploração do trabalho indígena, no período chamado de pré-colonial (entre 1500 e 1530), foi feita através do escambo (troca do trabalho por mercadorias) e a relação deles com os portugueses gerou a população conhecida como mestiça.
Embora não existam dados concretos com relação à quantidade de índios presentes no território brasileiro antes da chegada dos portugueses, cálculos estimam uma população que varia entre 1 a 10 milhões de habitantes, número que atualmente está entre 300 e 350 mil.
                                                                                                                                                                 
Fontes:
Portal online da FUNAI (Fundação Nacional do Índio).
FAUSTO, B. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.